© Jane Santos - São Paulo  - Brasil -
Tive que ultrapassar muitas barreiras... Quando tirei o primeiro manuscrito da gaveta para transforma-lo em livro assumi um novo compromisso comigo mesma e com você !
 

A estrela amiga

A estrela brilha no céu

No momento da grande treva

Brilha enfeitando o negro véu

Para aliviar a dor da Terra

 

Cá na Terra ninguém se importa

Todos seguem sem olhar

Nem ligam, se ela está torta.

Nem se alarmam se ela se apagar

 

Mas lá no céu a estrela brilha

Sem se importar se cá em baixo

Existe ou não quem liga

Existe, ou não quem diga.

Vê, vê como brilha a estrela amiga.

Jane Santos: 1977

Um Sol Preocupado

 

Ah! Sol que choras!

Choras por quem não merece

E anda as tontas pelo céu.

Em busca da paz que carece,

Todos os homens desse enorme carrossel

 

Carrossel que gira, gira sem parar.

E o Sol, coitado chora sem sessar.

Mas que pode fazer o sol?

Para tirar tanto mal dos corações

De quem nem sequer pode chorar!

Jane Santos: 1977

Ilusão

 

Tudo era alegria

A tudo quanto se pensava,

Creia, nada se feria

Nada se entregava

 

Até a flor que nascia

Era bela então,

Tudo era paz e harmonia

Nada existia em vão

 

E como a água

Que na nuvem se abriga

Desaba na triste vida

A esperança perdida

 

E tudo se torna escuro

Na solidão a melancolia

No sombrio futuro

Tristezas sem alegrias.

Jane Santos: 1978

O Inesperado

 

Vem sem ser esperado

Chega antes que se perceba

E logo está ao nosso lado

Queimando e machucado

Jane Santos: 1978

Palavras

 

Explicações não podem ser dadas

Mentiras não podem ser ditas

E tudo quanto queremos dizer

No fim, não passam de palavras perdidas.

Jane Santos: 1978

Pensamentos

 

Há coisas que não se pode dizer,

Não há palavras que as exprimam de acordo com o que estamos sentindo.

Palavras simplesmente não dizem nada

E, novamente estamos só e perdidos.

E mais uma vez somos como poeira no deserto infinito.

Este está dentro de nós

E retorna a tristeza

E retornam os pensamentos absurdos

De esperanças e sonhos nem realizados e já perdidos.

Sonhos que veem de muito para o muito ainda irão

Esperando pelo dia em que possa se realizar

Para a felicidade do que sonha e espera.

Esperança, talvez pensamento perdido.

Talvez ilusão da vida

Não se pode saber ao certo

Tudo o que se sabe é que sem esperança não há vida

A vida vai como dá para se viver

Vivendo mais em sonhos do que em realidade

Já que a realidade é tão má e talvez o sonho afinal nunca se realizará

Jane Santos 1978

 Reflexão

 

Num momento tudo é paz

No outro vira guerra

Ai! Deus, quando isso vai acabar?

Onde iremos parar?

Parece não haver futuro algum

Mas se não há futuro para que viemos então?

Para que comer o pó do chão?

Aguentar tanta solidão, tanto erro, tanta coisa em vão?

Se amanhã não sabemos se será sim ou não.

A vida na maioria das vezes é cruel e outras não,

Num momento estamos ajudando e no outro não

Num somos felizes por estar ajudando,

Mas tudo vira num repente contra nós,

Parece até que há algo que não gosta de paz

E, quando vê que tudo está certo, entorta tudo e,

Acabou-se o sossego, Acabou-se tudo.

E, num instante vira tristeza, tudo vira rancor.

E a vontade de sumir se torna tão e maior que  toda a dor

E a vontade de nunca ter existido se eleva vitoriosa

Tomando conta, como um bandido de todas as felizes horas.

Jane Santos 1978

 Iemanjá

 

O mar está calmo

A noite está clara

No ar o cheiro alvo

De rosas perfumadas

 

Eis que surge no horizonte

Um semblante de luz

Cada vez mais brilhante

E a todos seduz

 

Então, no azul da noite.

Surge Iemanjá, radiante!

Por sobre as águas esvoaçantes

Tornando feliz o povo lastimam-te

 

E a noite se torna dia

Voltando a calmaria

Do mar solitário

E a luta do dia-a-dia.

Jane Santos 1979

Olhos que falam

 

Porque estais tristes!

Oh! Olhos felizes não te entristeçam

Pois se tu ficas triste,

O mundo perde toda a beleza

 

Não te preocupes com esta vida

Ela de nada nos vale

Esqueça os problemas que nela habita

Sé pense em alegrias e felicidades!

 

Não repare nos falsos

Pois um dia eles sofrerão

Como sofres a ti neste dia

E por este dia, creia, eles também passarão.

 

Não chore olhos felizes

Pois nem tudo é tristeza

E se pensares que a vida tem momentos felizes

Verá que nela há muita beleza

 

Oh! Olhos belos

Olhe o que me fizeste

Pois diante dos teus olhos

Os meus também se entristecem

Jane Santos 1979

Te amo

 

Se me disserdes

Que és homem de muitas luas

Que passa olhares pelas ruas

Direi que te amo!

 

Se chegares a mim

Com palavras grosseiras

Sem pena alguma

Direi que te amo!

 

Se vieres a mim

Com a alma em ódio fumegando

Se vieres gritando

Direi que te amo!

 

Não importa quão mal de pareças ao mundo

Nem que não tenha sentimento profundo

Pois mesmo assim

Direi que te amo!

Jane Santos 1979

Isso é amor? 

 

Em mim te escondes

Como uma ferida no coração

Que enche a alma de dor

E a vida de solidão

 

Ela cresce como um tumor

Que vive a queimar

E ainda assim chama no olhar

Onde está meu amor?

 

Onde estás meu amor?

Que ame enche de esperanças

Que me deixa triste

E revive nas lembranças

Jane Santos 1980

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